Após projeto de robótica, evasão em escola caiu de 21% para 2,7% no Ensino Médio
Na cidade de Campo Limpo Paulista, em São Paulo, a Escola Estadual Professora Elza Facca Martins Bonilha usou a tecnologia como caminho para reduzir a evasão escolar por meio do projeto de robótica Pequenos Cientistas, criado em 2010.
Segundo o professor Alan Barbosa de Paiva, idealizador da iniciativa, o objetivo era desenvolver os conhecimentos em matemática e física, além de engajar os estudantes, a comunidade e educadores. Deu certo.
A taxa de permanência na escola atingiu a média de 7 horas por dia. Os índices de evasão escolar caíram de 21% para 2,7% no Ensino Médio e 0,5% no Ensino Fundamental, de acordo com estatísticas da Secretaria Escolar Digital, ferramenta do Governo do Estado de São Paulo.
Robô feito pelos alunos da Escola Estadual Professora Elza Facca Martins Bonilha, que usou a tecnologia como caminho para reduzir a evasão escolar por meio do projeto de robótica Pequenos Cientistas, criado em 2010.
Por meio do projeto de robótica Pequenos Cientistas, a Escola Estadual Professora Elza Facca Martins Bonilha reduziu a evasão escolar.
O caso da escola Professora Elza é um exemplo de como a luta pela redução da evasão escolar é uma constante. No Brasil, 2,5 milhões de crianças e jovens ainda estão fora da escola, segundo um levantamento realizado pelo Todos Pela Educação, com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2015.
O movimento aponta como ponto mais crítico o crescimento muito tímido no porcentual de atendimento entre 15 e 17 anos, sendo de 78,8% para apenas 82,6%, de 2005 a 2015.
Há muitos elementos que causam a evasão escolar, como condições socioeconômicas, culturais e geográficas. As estratégias para combatê-las também são múltiplas. Para Maria Rehder, coordenadora de projetos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a tecnologia pode ser uma boa aliada, desde que esteja inserida dentro de um conjunto de políticas públicas.
“A escola precisa ter uma infraestrutura adequada e o profissional valorizado. Quando a tecnologia é usada de forma participativa e democrática, pode ajudar muito”, comentou a coordenadora.
Fonte: Fundação Telefônica.